O presidente do STJD, Otávio Noronha, negou o pedido dos 17 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro (sem Atlético-MG e Cuiabá) para revogar a liminar que liberou a presença de público nos jogos do time carioca em competições nacionais. Desta forma, o duelo desta quarta-feira (15), pela Copa do Brasil, terá torcida.
A decisão ainda pode ser derrubada no pleno do STJD, mas ainda não há uma data para a sessão. O Grêmio, que havia ameaçado não entrar em campo, já está no Rio de Janeiro. Nos bastidores, o clube admite que com ou sem torcida no estádio entrará em campo disputará a partida.
Noronha argumentou que a reunião, onde os clubes decidiram que os jogos seguiriam sem público aconteceu em março, em outro cenário da pandemia no Brasil.
"Quando o contexto social e de pandemia era outro, diferente do atual, e quando vigorava no Brasil inteiro, medidas sanitárias baixadas pelas autoridades competentes, absolutamente restritivas, e compatíveis com aquela deliberação. de lá para cá, o quadro fático se alterou, principalmente com a edição de normas pela Prefeitura do Rio. Isso, por si só, alegou o presidente do STJD, "por si é mais do que suficiente para justificar e legitimar a iniciativa (do Flamengo)".
Ao falar sobre isonomia, Noronha também citou a partida entre Palmeiras e Flamengo, no Campeonato Brasileiro de 2019. Na ocasião, o Rubro-Negro, que jogava fora de casa, não teve torcida no estádio.
"Um exemplo histórico, o Flamengo foi obrigado a jogar, sem que se lhe tenha franqueado acesso de sua torcida ao Estádio, na qualidade de visitante, na partida em que enfrentou o Palmeiras, na cidade de São Paulo. no primeiro turno daquela mesma competição, o Time do Palmeiras já havia visitado o Flamengo, e utilizado normalmente sua carga de ingressos".