Gabriel já não vai mais reforçar o Al Hilal. A Goal apurou que a transferência do volante do Corinthians para o clube da Arábia Saudita foi abortada nas últimas horas, principalmente por culpa da discutível postura dos representantes do jogador.
Fernando Garcia e Guilherme Miranda, da Elenko Sports, foram os responsáveis pela intermediação da negociação que teve início na semana passada, quando os árabes estavam diante de muitos obstáculos para fechar a contratação do colombiano Cuéllar, do Flamengo.
Com o futuro do flameguista em xeque, Garcia e Miranda avançaram nas conversas por Gabriel, que foi oferecido num negócio inicialmente de 5 milhões de euros (R$ 22,8 milhões). Dono de 50% dos direitos econômicos do atleta, o Timão conseguiu subir a parada para 5,5 milhões de euros (R$ 25 milhões).
Mesmo sabendo da possibilidade de Cuéllar ainda ser contratado pelo Al Hilal, os representantes resolveram viajar com Gabriel num avião particular já na manhã desta sexta-feira. O Corinthians até deu aval, mas não aconselhou a viagem às pressas, sobretudo porque sabia que o acerto era apenas verbal.
Com pressa para ter o acordo fechado, tendo em vista que Cuéllar sempre foi a primeira opção do clube árabe, os mandatários da Elenko Sports avisaram na noite da última quinta-feira ao corintiano sobre a "negociação avançada". O atleta, então, se despediu dos companheiros no vestiário do Maracanã, logo após o empate em 1 a 1 com o Fluminense, na Sul-Americana.
A caminho da Arábia Saudita, no entanto, Fernando Garcia e Guilherme Miranda souberam que o Al Hilal havia contornado o impasse com o Flamengo e estava a um passo de oficializar a contratação de Cuéllar. Uma situação, aliás, que ambos já sabiam que poderia acontecer antes mesmo do embarque.
Internamente, a atuação dos representantes de Gabriel foi duramente criticada pela diretoria do Corinthians e até mesmo por outras pessoas envolvidas no negócio. Alguns acusam a empresa de ter pensado apenas na comissão da transferência, enquanto outros acreditam até que o Al Hilal, mesmo interessado, aproveitou para usar o camisa 5 do Timão para forçar o Rubro-Negro a liberar o colombiano - chamam isso, inclusive, de "amadorismo".