A Seleção Brasileira enfrenta o Qatar, nesta quarta-feira (05), no primeiro dos últimos dois amistosos antes da estreia na Copa América de 2019. Um jogo que retoma uma tradição: o histórico canarinho em fazer amistosos contra times cujas camisas não têm quase nenhum peso no cenário internacional.
Esta tradição, por exemplo, não entrou em campo na reta final da preparação brasileira visando o Mundial de 2018. Antes de a bola rolar na Rússia, o Brasil já comandado por Tite jogou contra Croácia, que seria vice-campeã daquele torneio, e o duelo contra a Áustria – que tem jogadores como Alaba, do Bayern, e outros de times competitivos da Europa – foi considerado ‘digno’.
Até porque equipes como Panamá, El Salvador, Nova Zelândia, Malásia, Zimbábue e até mesmo um time da fraca liga suíça serviram de sparing para a Seleção antes de grandes eventos. Honduras, contra quem a equipe de Tite encerra a preparação antes da Copa América de 2019, é outro dos adversários favoritos nestes amistosos.
Mas existe uma curiosidade envolvendo esta equipe do Qatar, algo que foge um pouco ao lugar-comum de rotular o time como um adversário “café com leite”. Embora não tenha nenhuma tradição futebolística de alto nível, os qatari chegam com um carimbo digno de nota: o título da Copa da Ásia realizada neste 2019. Pela primeira vez em sua história, o país mostrou não apenas competitividade perante os seus pares: traduziu isto em troféu de primeira grandeza.
Em 2019, esta seleção do Qatar conquistou a Copa da Ásia sobre o Japão
E no caminho para o título, o Qatar eliminou a Coreia do Sul, time que tem Heung-min Son, um dos maiores destaques do Tottenham vice-campeão da Champions League, e bateu o tradicional Japão [outro convidado para a disputa da Copa América] por 3 a 1 na finalíssima do certame continental. Foi o primeiro fruto de um processo de trabalho que teve início anos atrás e tem como objetivo levar o país-sede do Mundial de 2022 a fazer uma campanha digna e sonhar, ainda depois, com voos mais altos.