O Brasil que conquistou a Copa do Mundo de 1970 no México, na qual brilhavam jogadores como Pelé, Tostão e Rivelino, foi escolhido pelo atual treinador da 'Canarinha', Adenor Leonardo Bachi 'Tite', como a "Seleção das seleções".
A homenagem aconteceu em uma carta pública que o técnico brasileiro escreveu para agradecer à equipe que conquistou o terceiro título mundial no Brasil, cuja façanha completará 50 anos no próximo domingo, reproduzida nesta sexta-feira no portal da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) .
"A equipe brasileira de 1970 tinha diferentes jogadores do mais alto nível: Pelé, Tostão, Gerson, Rivellino, Jair, Clodoaldo e outros. Qualidades técnicas e cognitivas. Costumo dizer que essa equipe está em uma vitrine separada de todas as outras equipes", disse Tite em sua carta.
"Essa equipe reuniu criatividade e eficácia na fase ofensiva. Foram 19 gols marcados em seis jogos. Na fase defensiva, houve solidez e organização. Acima dos limites humanos, com a clara exceção de Pelé, de acordo com a necessidade e/ou por responsabilidade, a equipe encantava, competia e vencia. A 'Seleção das seleções', simples assim ", afirmou.
Segundo Tite, toda a equipe do México 1970 demonstrou percepção e inteligência, além de planejar com a preparação física da equipe de alto nível.
O técnico acrescentou que recentemente assistiu na televisão todos os jogos que o Brasil disputou na Copa do Mundo no México, incluindo a final, na qual o 'Canarinha' derrotou a Itália por 4-1 no estádio Azteca, e que isso permitiu verificar a qualidade de seu treinador, Mario Jorge 'Lobo' Zagallo, em cada compromisso.
"Zagallo é responsável por adaptar a equipe aos melhores atletas, capacitando-os individual e coletivamente como equipe. O 'Velho Lobo' é moderno desde 1970, quando respondeu a uma pergunta dos tempos de hoje, um desafio contemporâneo para os técnicos", disse.
Tite lembrou que, em uma visita que fez a Zagallo, disse que o havia procurado para pedir conselhos e aprender, e que o ex-treinador respondeu que ele já possuía experiência e conhecimento suficientes.
"Zagallo foi mais de uma vez de grande sabedoria, sensível para me dar coragem e, ao mesmo tempo, humilde no tratamento humano. Zagallo sabe que o Mestre não ensina, mas inspira", disse ele.
Por esse motivo, Tite concluiu sua carta: "Muito obrigado, Seleção de 1970. Muito obrigado, mestre Zagallo".