Vou fechar os olhos e jogar as luvas para o alto. Seja Alisson ou Ederson, qualquer um que pegá-las vai tranquilamente dar conta do recado. Foi assim que durante muito tempo desenhei na minha cabeça uma eventual disputa entre os dois goleiros brasileiros, que, vale reforçar, são indiscutível dentro da seleção. Continuo achando ambos brilhantes, mas nos últimos dias fui "obrigado" a ter uma escolha definitiva.
Depois de meses de flerte, o goleiro do Liverpool me conquistou de vez. Voltou a ser altamente decisivo na Liga dos Campões, desta vez contra o poderoso Barcelona de Lionel Messi, e ajudou a garantir a reviravolta histórica que colocou o time comandado por Jurgen Klopp na final.
Enquanto esfrega as mãos à espera do duelo com o Tottenham pelo título europeu, Alisson já começa a ser premiado pela temporada de sucesso. A taça da Premier League teve mesmo Manchester como destino, curiosamente a casa do "rival" Ederson, mas merecidamente levou o prêmio de melhor jogador da posição. Uma conquista inédita, visto que nunca antes um brasileiro havia sido eleito.
Vice-campeão, o Liverpool terminou a competição com a melhor da defesa: 22 gols sofridos em 38 jogos. O holandês Van Dijk, escolhido o craque do torneio, teve muito mérito na campanha. Porém, o que dizer de um goleiro que passou 21 partidas em branco?
Aos 26 anos, Alisson está no auge carreira. Bom para o Liverpool, para a seleção brasileira... e também para o meu (insignificante) duelo fictício.