Chegou ao fim a passagem do técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez no Internacional. O treinador contratado para implementar uma nova filosofia de futebol não conseguiu suportar a sequência de resultados ruins, culminando com a eliminação na Copa do Brasil, ao ser derrotado em casa pelo Vitória, por 3 a 1. A queda precoce é considerada como uma catástrofe pelos dirigentes colorados, uma vez que o Inter, além de não avançar na competição, também perde financeiramente sem a premiação pela classificação.
A reportagem da 'Goal' apurou que a demissão de Ramirez iria acontecer na última segunda-feira (7), após a goleada de 5 a 1 que o Inter sofreu diante do Fortaleza. Em reunião entre o Departamento de Futebol e o Conselho de Gestão, que é liderado pelo presidente Alessandro Barcellos, ficou definido que a saída era inevitável e só não aconteceu na segunda-feira porque o treinador apresentou sintomas de Covid-19, o que se confirmou após os testes de terça-feira (8).
Por este motivo, a direção definiu que iria esperar a recuperação do técnico para definir a sua demissão. O que os dirigentes não contavam era com a eliminação na Copa do Brasil. Agora os comandantes do Inter estudam uma maneira de rescindir o contrato com o técnico Miguel Ángel Ramírez sem ter que sofrer com futuras questões jurídicas.
“Não somos reféns do Miguel Ramirez e os seus conceitos de futebol. A multa rescisória é menos do que US$ 1 milhão”, disse um dirigente colorado, na última segunda-feira para a 'Goal'.
Um acordo de rescisão passa pelo treinador pedir demissão. Com isto, o Colorado não queimaria a nova regra estabelecida pela CBF de que cada clube só pode substituir o técnico uma única vez por campeonato. Este acerto deve incluir um acréscimo de valor na multa rescisória que será paga a Rámirez.
Nomes cotados para treinar o Inter
Com a saída de Miguel Ángel Ramirez, o Colorado volta ao mercado em busca de um novo técnico. Nomes estão sendo analisados, porém três despontam como alternativas mais viáveis e que não mudariam o planejamento de formar um time com futebol propositivo.
O primeiro nome da lista é o do argentino Eduardo Coudet, que trocou o Inter no ano passado, em meio ao Campeonato Brasileiro, para treinar o Celta de Vigo-ESP. A relação entre o presidente Alessandro Barcellos e Coudet é de amizade. Barcellos era vice de futebol na época em que Coudet treinava o Inter. Mesmo sabendo que é quase impossível que o argentino volte para o Inter, a direção vai fazer uma tentativa para convencê-lo.
O segundo nome da lista é o do uruguaio Diego Aguirre, ex-jogador e treinador do colorado. Aguirre foi campeão gaúcho como técnico em 2015 e levou o Inter até as semifinais da Libertadores daquele ano. Aguirre agrada boa parte dos dirigentes e também dos torcedores, além de gostar de times que jogam com futebol ofensivo.
A terceira alternativa é o nome de Lisca, técnico do América-MG. Ele teve sua formação como técnico dentro do Internacional, onde treinou as categorias de base até ser auxiliar técnico de Guto Ferreira e Abel Braga no time principal. Em 2016, Lisca comandou o Inter em três partidas, na tentativa de salvar o Colorado do rebaixamento, mas o objetivo não foi alcançado. Para muitos, se Lisca tivesse sido contratado antes, o Inter não teria caído para segunda divisão.