Roberto Firmino é um dos melhores atacantes em atividade hoje. Com ótima presença de área, movimentação intensa, bom posicionamento e grande visão de jogo, o brasileiro foi considerado o atacante mais completo da Premier League por ninguém menos que Thierry Henry, lenda do Arsenal.
Firmino em pouco tempo passou de um desconhecido no mundo da bola a um protagonista máximo no time finalista da Champions League, com o melhor registro de ataque da edição do torneio.
Embora Mohamed Salah tenha sido espetacular e artilheiro máximo da Premier League, os números de Firmino na Champions League são melhores do que os do egípcio.
O brasileiro jogou as mesmas 12 partidas que Salah e marcou os mesmos 10 gols que o camisa 11. A grande diferença, entretanto, está no número de assistências. Enquanto Salah distribuiu quatro passes para gols, o camisa 9 dos Reds deu sete assistências.
Esses números provam uma coisa especial que é o grande trunfo de Firmino: ele participa muito do jogo e não se limita apenas à função de centroavante.
Ele lê o jogo como poucos e se movimenta com uma frequência impressionante para um atacante. Parece estar em vários lugares do campo e nunca tira o pé para o desarme. Extremamente disciplinado taticamente, há quem diga que Firmino deveria ser um meia em vez de atacante.
É possível, mas pouco provável que isso ocorra. A presença de área do atleta é fortíssima. E ajuda muito a carregar a marcação e enganar os defensores. Por mais que tenha um bom passe, a finalização ainda é o seu fundamento mais aprimorado.
Firmino é um dos principais expoentes do que se pode chamar de atacante moderno. Talvez por ter exatamente essa característica relativamente nova no futebol, ele ainda não tem o reconhecimento que merece no Brasil.
O brasileiro pode ser um fator de desequilíbrio na finalíssima da Champions League que ocorre nesse sábado (26), às 15h45 de Brasília (19H45 em Lisboa), entre Liverpool e Real Madrid, no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia.