Foram 90 minutos de pressão e nervos à flor da pele, mas, no fim, Marcelo conseguiu contribuir efetivamente para o Real Madrid atingir a décima sexta final de Liga dos Campeões.
No sofrido empate em 2 a 2 com o Bayern de Munique, fez a assistência para o primeiro gol de Benzema, se doou ao máximo e vibrou como se fosse um torcedor com os próprios desarmes e as defesas salvadoras de Navas.
O apito final do árbitro Cüneyt Çakir fez o Santiago Bernabéu explodir de emoção. Depois de pelo menos dez minutos de festa, os jogadores merengues deixaram o gramado. Já o lateral-esquerdo foi o único que permaneceu. Ficou mais alguns minutos e foi bastante ovacionado nas arquibancadas.
Poucos segundos depois, o brasileiro ganhou duas presenças especiais no "quintal de casa": os filhos Enzo e Liam. Totalmente à vontade, a pequena dupla bateu bola em frente à principal torcida organizada do Real. Também foi saudada e ainda ouviu gritos de gol a cada rede balançada.
Marcelo chegou a encontrar os companheiros no vestiário, mas não tardou a retornar com todos eles. Juntos, agradecerem e cantaram com os poucos torcedores ainda presentes. Mesmo ao lado de referências como Sérgio Ramos e Cristiano Ronaldo, o camisa 12 foi o único que teve (mais uma vez) o nome entoado pela torcida.
Os holofotes também ficaram voltados para o experiente lateral na zona mista. Isso porque, além de ter admitido ter feito um pênalti com um toque de bola na mão, esteve acompanhado dos filhos. O trio cabeludo esbanjou simpatia e deixou o estádio como se estivesse saindo de casa para um passeio noturno.
"Nós tentamos fazer todo o possível para que o Real Madrid faça história. Estamos muito felizes, foi nosso objetivo chegar a outra final. Trabalhamos e sofremos muito para conseguir", destacou.
Dono de 18 títulos de expressão com a camisa merengue, Marcelo caminha para um feito inédito. Diante de Liverpool ou Roma, em Kiev, pode se tornar, ao lado do companheiro Casemiro, no brasileiro mais vitorioso da história da Liga dos Campeões, com quatro taças.