Tranquilo, sereno e propenso a explicar bastante sobre o estilo de jogo do Brasil. Após a vitória por 3 a 0 da Seleção sobre a Áustria, no último amistoso antes do início da Copa do Mundo, foi assim que Tite apareceu para a entrevista coletiva.
Nada de novo, dentro do apresentado pelo treinador desde que assumiu o comando da Seleção, em setembro de 2016.
Dentro de campo, o comportamento também não fugiu ao que já estamos acostumados, ainda que um olhar distante antes do pontapé inicial e o temos com o excesso de faltas dos austríacos (especialmente em cima de Neymar) tenham preocupado o treinador, que não escondeu que já estava pensando na Copa do Mundo.
“Fiquei olhando para fora lá embaixo, larguei um palavrão e disse: 'Adenor, curte o jogo e não pensa na estreia da Copa’”, confidenciou em sua entrevista coletiva.
Tite reclamou bastante com o quarto árbitro, enquanto Neymar em campo era a vítima preferida dos oponentes. Mas em relação às ações de seus jogadores, a atenção de Tite foi principalmente direcionada à saída de bola de seus comandados – afinal de contas, foi este o ponto de maior preocupação no jogo anterior, contra a Croácia.
Especialmente no primeiro tempo, antes de Neymar fazer o segundo gol que deu uma folga maior no placar, Tite buscava orientar de forma mais forte os seus jogadores a cada um dos três desarmes realizados nos 45 minutos iniciais, ou as três interceptações antes do time fazer a transição para a sua fase ofensiva. No segundo tempo, Tite também vibrou com uma roubada de bola realizada por Willian.
O treinador brasileiro focou suas energias especialmente para as primeiras ações feitas assim que a Seleção recuperava a posse de bola, até porque se Tite está tranquilo em relação a alguma coisa, é na qualidade dos jogadores na hora de decidir.