O encontro da "honra" foi bastante abordado durante os últimos dias com jogadores de ambas as seleções a criticarem a existência do mesmo. No entanto, ambos os selecionadores puxaram da sua artilharia mais pesada para enfrentar o rival.
A Argentina chegava ferida depois da derrota frente ao anfitrião Brasil, enquanto que o Chile foi o surpreendido das meias finais. Depois de duas conquistas consecutivas da Copa América, o Peru destruiu a ambição "Roja" e venceu por 0-3, deixando pelo caminho a campeã em título.
Com dois finalistas surpresa, o jogo pelo último lugar do pódio não era menos surpreendente. E apesar de afirmarem que não tinha importância, dentro do relvado tudo importa.
O encontro começou com uma Argentina muito determinada e logo aos 12' surgiu o golo. Messi serve Agüero numa falta cobrada rapidamente. Os rivais ficam a dormir e o argentino na cara de Arias não falha e faz o 1-0.
O encontro começava bem para a "Albiceleste" e com dores de cabeça para Reinaldo Rueda, que depois de ver a sua equipa sofrer um golo ainda teve que lidar com a saída de Alexis Sánchez lesionado logo no primeiro quarto de hora do encontro.
A Argentina continuava a pressionar e o que faltou frente ao Brasil apareceu no encontro deste sábado. Os golos. Depois do 1-0, aos 21 minutos aparece o 2-0.
Lo Celso serve Dybala na esquerda da área. O avançado domina com classe e remata por cima de Arias para o golo. A Argentina conseguia aumentar a vantagem e estava a fazer um excelente encontro.
O encontro continuava a ser dominado pela Argentina apesar da posse de bola ser chilena. E aos 31 Dybala podia ter marcado um golaço mas a bola passa ao lado da baliza de Arias.
Aos 37', o momento do jogo acontece. Messi e Mendel envolvem-se numa discussão e o árbitro não tem meias medidas e expulsa ambos os jogadores. A confusão instalou-se na Arena Corinthians com todos a serem intervenientes.
Os jogadores "reclamavam" a expulsão tão cedo, o público usou a palavra para mostrar o seu desagrado por Messi ser um dos visados e houve mesmo adeptos a abandonarem o estádio por não estar presente o astro argentino.
Até ao final da primeira parte, os jogadores não conseguiram voltar ao ritmo competitivo. Com menos um em cada lado e com os adeptos a intervirem era difícil encontrar concentração quando Messi acabava de ser expulso.
Tal como na primeira metade, a Argentina regressou do descanso a todo o gás e voltou à pressão. Numa série de remates argentinos a defesa chilena conseguiu segurar a bola longe do alvo.
Aos 58' o árbitro, depois de uma jogada da Argentina, vai ao VAR rever um lance a favor do Chile (!). Nas imagens é possível verificar que Lo Celso atinge a perna esquerda de Aránguiz e por isso é assinalado penálti a favor da "Roja".
Arturo Vidal assume a responsabilidade e não falha, colocando o 2-1 no marcador e a ainda campeã em jogo novamente. Depois do golo, o Chile acordou e fez uma série de remates que levavam perigo para a área argentina mas Armani esteve sempre muito atento.l
Com a pressão chilena cada vez mais sentida, Scaloni lançou Di María que se tornou uma peça fundamental nos ataques da Argentina. Aos 71' Arias consegue negar o golo a Agüero com a cara depois de uma jogada brilhante começada pelo '11' argentino.
Até ao final do encontro a Argentina tentou segurar o encontro, enquanto que o Chile pressionava sempre que "dava". 60 minutos com 10 tornaram este encontro um pouco diferente do que estamos habituados.
O encontro terminou om a vitória da Argentina que depois de sonhar com a conquista da Copa América consegue o mal menor: o bronze, enquanto que o Chile falha o "tri" e o terceiro lugar.
Um encontro que sai manchado pelo vermelho dos cartões de Messi e Medel e pelas muitas confusões entre os jogadores ao longo dos 90 minutos.
Num jogo que "não valia nada" no final acabou por valer tudo, desde expulsões a agressões, passando pelos golos e até por jogadas maravilhosas. Mas é esta a magia da Copa América.