Jogadores mais velhos convocados por Tite para os amistosos contra os Estados Unidos e El Salvador, o lateral-esquerdo Filipe Luís e o zagueiro Thiago Silva foram os escolhidos para conceder entrevista coletiva nesta terça-feira (4), em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Questionados sobre a possibilidade de defenderem o Brasil em mais uma Copa do Mundo, a dupla disse esperar manter o alto nível em seus clubes para continuarem sendo convocados.
“Ninguém faz planos para quatro anos. Claro que quero estar no Catar. Futebol mudou e cada vez os jogadores se cuidam mais. Eu quero estar em alto nível. Não tenho interesse no momento de disputar uma liga inferior. Não devemos julgar um jogador pela idade e sim pelo momento. Se estiver entre os melhores com 38 anos, como o Daniel estava assim com 35, porque não pode jogar?”, declarou Filipe Luís.
''Quando se tem prazer no que se faz, o cansaço fica de lado. Esse recomeço me deixa feliz porque mostra que a comissão confia em mim. Que eu possa estar aqui para passar para os mais jovens a responsabilidade que é vestir essa camisa'', afirmou Thiago Silva, que ainda se lembrou de Rafa Márquez para defender que pode jogar no Catar.
“O mais recente foi o Rafa Márquez, que teve uma grande história no futebol, se dedicou ao máximo para sua seleção. Enquanto eu tiver motivação e frio na barriga, vou seguindo em frente na minha carreira. Enquanto tivermos esse apetite vamos seguir no dia a dia'”, completou.
Os dois jogadores também falaram sobre a renovação no grupo e a recepção aos novatos convocados por Tite para os primeiros jogos após a Copa da Rússia.
“Temos que ser uma referência, fazer as coisas certas e esperar que eles estejam atentos. Pouco a pouco vamos ganhando intimidade para dar uma direção a esses meninos. Não é qualquer um que chega aqui e se sente em casa no primeiro jogo, treino. Eles tem uma técnica enorme, mas a primeira vez não é fácil. Temos que deixar eles a vontade. Por isso tem a cantoria toda no trote, temos sete nessa situação. E o mais novo vai ter que cantar todos os dias para se soltar mais'', ressaltou o zagueiro.
''Brasil tem muitos talentos. Eles precisam se adaptar no nosso futebol e dai acontece a renovação. Mas sempre dentro dos que vivem um grande momento nos clubes. Passando tempo e os amistosos, vai testando os melhores. Temos a Copa América, joguei duas e sei da dificuldade. Em casa temos que tentar ganhar porque o Brasil precisa voltar a ser campeão'', analisou o lateral.