Teste. No final das contas, esta é a função de jogos amistosos. Para o Brasil, às 21h30 desta quarta-feira (04), a partida contra o Qatar, em Brasília, servirá para ver como a equipe treinada por Tite está semanas antes da estreia na Copa América 2019, no próximo dia 14, contra a Bolívia. Acima de tudo será um termômetro para notarmos não apenas o lado técnico da Seleção, mas também como está o lado psicológico da equipe e de seu principal astro. Confira, abaixo, alguns fatores importantes para ficar de olho no duelo contra os campeões asiáticos!
O psicológico de Neymar
Será a primeira partida do camisa 10 desde surgiu a notícia da acusação de estupro, a qual o jogador já se disse inocente. A situação, grave por si só e por tudo o que envolve o processo legal decorrente, tem roubado as manchetes relacionadas à preparação do Brasil para o torneio que será disputado por aqui. O jogador, entretanto, treinou normalmente no período de atividades na Granja Comary, em Teresópolis e está confirmado para a equipe titular. Artilheiro (14 gols) e maior garçom (15) da Seleção desde a chegada de Tite, vai atrair ainda mais o foco. Veremos como será a sua exibição.
Situação pode afetar o grupo?
Uma pergunta que é decorrente ainda desta situação. Afinal de contas, como já foi citado, o tema foi o mais abordado na parte final da preparação realizada na Granja Comary. E como Neymar é a referência técnica do time, é importante ver como o grupo vai reagir em um momento de tensão do seu grande craque.
Comportamento dos torcedores
A maneira como a torcida presente no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pode reagir a este cenário também pode dar pistas sobre como poderá ser o clima na disputa da Copa América.
Variações táticas
2 de junho de 2019
No período de 34 jogos desde que foi apontado como técnico, Tite tem usado uma variação de 4-3-3 com o 4-1-4-1. E ainda que em alguns momentos tenha sido possível ver traços de 4-2-3-1 pelo comportamento especialmente dos meio-campistas, esta tem sido uma opção menos comum. A equipe que Tite deverá mandar a campo deverá seguir esta toada, mas são várias as variações possíveis.
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A melhor de todas talvez fosse para um 4-2-3-1, com Philippe Coutinho aberto pela ponta esquerda (onde ele mais rendeu ao longo da carreira, ao invés de mais recuado como meio-campista) e Neymar centralizando como meia cerebral (papel que desempenhou nesta temporada no PSG, antes de sua lesão), deixando Casemiro e Arthur mais atrás.
Uma outra, menos provável, seja um comportamento com três zagueiros, que ainda não foi utilizado por Tite. Mas o motivo que nos faz imaginar isso é Dani Alves: aos 36 anos, ele atuou a grande maioria de sua temporada do meio para a frente – e não como lateral. Quem poderia fazer o movimento como terceiro homem de zaga, neste caso, seria Casemiro.
Artilharias
O que também está em jogo é a artilharia do Brasil no período posterior à eliminação do Mundial de 2018. Desde então, Neymar, Richarlison e Gabriel Jesus somam, cada um, três gols. E como eles estarão entre os titulares no ataque, dá para imaginar que um possa ultrapassar o outro. A pergunta é: quem?
Esta disputa pela artilharia vale para toda a era Tite como treinador do Brasil para Gabriel Jesus e Neymar. Neste momento, o camisa 10 tem um gol de vantagem em relação aos 13 do atacante do Manchester City.