Bartomeu, bônus inexplicáveis a jogadores e uma economia em ruínas

O desastre econômico da gestão do conselho da diretoria presidida por Josep Maria Bartomeu ficou claro na 'due diligence' encomendada pelo Barça e cujos resultados foram apresentados esta semana por Ferran Reverter, o novo CEO do clube.

Reverter chegou a reconhecer que o Barcelona havia contratado jogadores sem saber se poderia pagá-los, mas isso era, aparentemente, apenas a ponta do iceberg. Conforme revelado no programa 'Tú Diràs' do 'RAC-1', a norma nos contratos assinados na fase do ex-presidente era estabelecer bônus quase surreais, que em muitos casos permitiam que os ganhos do jogador fossem dobrados e que, de fato, eles causaram dano aos cofres do clube.

A fonte citada teve acesso ao contrato de dois jogadores titulares do elenco do Barcelona que foi assinado na fase do presidente anterior e estava cheio de bônus exagerados.

Um dos dois acordos divulgados comprometia o pagamento de 6,7 milhões de euros simplesmente pelo fato de o jogador ter continuado na temporada 2020-21 no elenco. O referido prêmio de fidelização ao clube foi de 2,8 milhões de euros para 2021-22 e 5,6 milhões de euros para a temporada 2022-23. Este jogador, cuja identidade não foi divulgada, teve uma cotação de cerca de 13,5 milhões de euros por temporada.

Não foram os únicos extras prometidos por Bartomeu de acordo com os meios de comunicação, já que o jogador em questão receberia dois milhões de euros a mais se disputasse pelo menos metade dos jogos após a renovação. Um número que diminuía ano a ano até que, no último ano de seu contrato, ele precisava jogar apenas 35% dos jogos - ou seja, praticamente um em cada três - para levar esse belo dinheiro extra.