O resultado do jogo contra o Vasco, um empate por 1-1 fora de casa, não foi tão ruim para o Palmeiras. Mas o desempenho do time e de Cuca causaram preocupações. A equipe mostrou pontos fracos e não se adaptou às invenções que o técnico tentou montar.
Uma das novidades foi a escalação de Tchê Tchê como ponta direita. O jogador começou mal a temporada como volante e, depois de virar reserva, passou a ser improvisado em outras posições. Não foi bem como lateral direito no jogo contra o Barcelona-EQU. E na nova função também não deu certo. Jogou muito recuado diante do Vasco e foi pouco produtivo.
Outra novidade foi a escalação de Michel Bastos na lateral esquerda. Mas ele foi mal: teve dificuldades para marcar e não conseguiu criar jogadas ofensivas. É compreensível, pois ele virou ponta há muito tempo e precisa se readaptar. Mas não dá para ter certeza que realmente vai acontecer.
Mas é claro que nem todos problemas do Palmeiras foram gerados pela escalação. O aspecto emocional do time também foi um problema. Claramente os jogadores estão 'de ressaca' pela eliminação na Copa Libertadores. A distância de 14 pontos para o líder do Campeonato Brasileiro, o Corinthians, também desmotiva. A equipe precisa focar na briga pelo G4, mas essa recuperação mental não foi rápida.
Por fim, outro ponto fraco do Palmeiras ficou evidente: os desfalques que o time acumulou recentemente farão falta. A zaga não foi a mesma sem Yerry Mina, que também deixa saudades nas jogadas aéreas. O substituto ideal de Dudu, Keno, entrou no 2º tempo e não conseguiu fazer quase nada. Moisés, que se recupera de um trauma no joelho, poderia ter dividido as funções de armação com Guerra e deixado o time mais perigoso. E tem ainda Jailson, que foi bem substituído por Fernando Prass, mas vive uma fase melhor.