Enquanto os atletas se preparam para encarar Internacional e Grêmio pelo Campeonato Brasileiro, nos bastidores, o departamento de futebol do Flamengo afina todos os ajustes de olho na final da Libertadores, no dia 27 de novembro, em Montevidéu, no Uruguai.
Para manter a "receita" do sucesso, junto à delegação que viaja para a capital uruguaia, está o chef de cozinha do clube, Leonardo Barbosa de Matos, que vai supervisiosar todas as refeições e cuidar para que, diante do período longe de casa, os atletas se sintam o mais próximo possível da rotina e do dia a dia do CT.
“Já fizemos contato com o hotel para saber quais serão nossas necessidades. O Gabriel Skinner (supervisor de futebol) foi antes e pôde ver de perto também. Vão contratar mais gente pra atender a nossa demanda, que será grande. Como em Lima, vou chegar com antecedência, junto com nosso auxiliar de cozinha, Maurício, para ajustar o que for preciso para que tudo corra bem durante a permanência da delegação. Espero que o final possa ser igual ao de Lima", disse Leonardo à Goal.
A lembrança de Lima, está bem fresca na mente dos torcedores e do próprio Leonardo. Desde 2016 no Flamengo, o chefe de cozinha só passou a viajar com o elenco a partir de 2019, a pedido do técnico Jorge Jesus.
“Minha primeira viagem foi no jogo Emelec x Flamengo, no Equador, em 2019. Eu fui a pedido do Mister. Ele queria que os jogadores tivessem o mesmo padrão de alimentação do CT enquanto estivessem fora. Isso foi bem legal. Pra mim, como experiência de vida e profissional, e acho que para o clube também. Escutar o pessoal dizer que a comida estava com o sabor da do Ninho é muito bacana. As pessoas se sentem em casa, ficam mais à vontade", disse o chefe que completou
“O dia da final foi épico para o clube e para mim como profissional. Uma experiência inédita e incrível. Foram dias intensos coroados com o título. Agradeço muito ao Flamengo por me proporcionar isso".
Com Leonardo embarcando nas viagens, o intuito é justamente manter o sabor da comida o mais próximo daquilo que os atletas estão acostumados, para manter um padrão e evitar possíveis contaminações ou problemas alimentares.
“Minha preocupação é fazer com que o atendimento e o serviço aos atletas e comissão seja o mais próximo possível da nossa rotina do dia a dia do CT. Muitas vezes vejo a possibilidade de fazer comidas típicas brasileiras, levo nosso tempero. As pessoas ficam felizes, e para mim basta. Até pouco tempo, eu só ia em algumas viagens, principalmente nas fora do Brasil. Recentemente chegou o Igor, novo nutricionista, e recebi a ordem do Gabriel Skinner para estar sempre presente, dar um apoio e ajuda-lo na fase de adaptação. Estamos nos dando muito bem e torço para continuarmos em sintonia, como era com o Douglas (ex-nutricionista do clube)".
Por fim, Leonardo fez questão de apontar a evolução do Flamengo, que hoje já conta até com cozinha industrial no Ninho do Urubu.
“Estou no Flamengo desde dezembro de 2016. Acompanhei o processo de estruturação do clube, o que me deixa muito feliz e orgulhoso. Vi muita gente boa passar por aqui e comer minha comida (risos). Hoje o Flamengo está em outro patamar, com cozinha industrial, muita gente trabalhando. É gratificante fazer parte do processo.”