Titular nos amistosos contra Rússia e Alemanha, duas vitórias, um gol e mais um "problema" para Tite resolver. O balanço para Thiago Silva nos últimos testes antes de a bola rolar na Copa do Mundo não poderia ter sido melhor.
"A briga eleva o nível de atuações de todos, a minha, a do Miranda, a do Marquinhos... Nos momentos em que fomos solicitados, nós mostramos trabalho. É uma dor de cabeça de boa para o homem, que tem em mãos uma decisão difícil para escolher" destacou o zagueiro.
"As duas partidas foram muito positivas para mim. Mantive uma regularidade grande defensivamente, o que faz com que a gente fique ainda mais confiante com o próprio trabalho. Muitas vezes recebemos críticas e às vezes nós mesmos também nos colocamos em dúvida. Mas o mais importante é sabermos quem nós somos e seguirmos em frente com bastante humildade, algo que sempre fiz durante a minha carreira", completou.
Obstáculos e dúvidas, aliás, nunca faltaram para o defensor do PSG, principalmente dentro da Seleção Brasileira. Participar - e ter destaque - entre os titulares faltando pouco menos de três meses para o início da competição na Rússia também é visto como uma "volta por cima".
"Tenho aí alguns anos de profissão e nem sempre as coisas saíram como eu gostaria. De repente, tem um erro que acaba por causar uma eliminação, como aconteceu na Copa América [no Chile], uma situação difícil de ser superada. Nessas horas você se coloca em dúvida e pergunta: será que é isso mesmo o que as pessoas estão falando? Mas, analisando com tranquilidade, você vê quem você é. Tendo ao lado pessoas do bem e palavras positivas, você consegue retomar o alto nível de pensamento para dar a volta por cima. Hoje, olhando os dois jogos que fiz, tive uma regularidade grande, o que gera ainda mais confiança", explicou.
Menor dependência de Neymar?
Sem Neymar, em fase de recuperação depois de uma cirurgia no pé direito, o Brasil levou a melhor em cima de Rússia e Alemanha, com triunfos por 3-0 e 1-0, respectivamente. Resultados que ajudam a provar a força dos comandados de Tite mesmo sem a presença da principal estrela.
"Qualquer equipe que tenha o Neymar acaba por ser dependente dele. É um dos três melhores jogadores no mundo, então faria falta para qualquer time. Não ter o Neymar hoje [ontem, terça-feira, contra os alemães] foi um ponto positivo, para consolidarmos tudo o que queríamos. A responsabilidade precisa ser compartilhada. Demonstramos contra a Alemanha que somos fortes mesmo sem ele, e com ele somos ainda mais fortes", finalizou.